Em quantas pessoas você realmente confia? A pergunta soa um tanto ingênua, mas nos faz refletir a respeito das nossas relações nos dias atuais.
Conhecemos um maior número de pessoas com as quais convivemos, os relacionamentos se multiplicam, os contatos sociais são facilitados.
Comunicamo-nos mais facilmente, através de e-mails, sites de relacionamentos, telefones móveis.
E, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais sozinhos, mas vazios. Cheios de nomes na agenda telefônica, sem que possamos neles confiar, sem que possamos contar com eles, sem que tenhamos com quem dividir angústias, receios, medos e solidão.
Estava lendo em um site agora a pouco, um artigo do comediante americano chamado George Carlin, em que ele dizia que nós construimos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
E, como consequência, temos muitos conhecidos, mas conhecemos muito pouco as pessoas. Daí, nossa dificuldade de encontrar em quem confiar, com quem dividir os pesos que muitas vezes trazemos na alma. E gostaríamos de ter com quem compartilhá-los.
Mas de onde nasce a confiança? Como se constrói a confiança de uns nos outros?
Basta entender-mos que a confiança se constrói no exercício contínuo da convivência, do estar junto, de viver as coisas do dia-a-dia com companheirismo.
É natural que a confiança não nasça de um dia pro outro. É necessária que seja cultivada, que seja vivenciada.
Aquele que não se permite dividir pequenas tarefas, pequenas responsabilidades com o outro, sempre a desconfiar de alguém, acaba por perder a grande oportunidade de construir uma confiança mútua.
Portanto pensemos nisso e nos empenhamos nessa elaboração lenta e preciosa da confiança.
Concordo com o Jorge , a cada dia estamos mais desconfiados uns dos outros e mais confiantes nas nossas agendas eletrônicas, pc´s e em si mesmo. Criando assim, seres humanos solitários e infelizes.
ResponderExcluirAlexandre Crispim