Lembro de uma época em que ia ao mercado comprar o pão da tarde e o leite ainda vinha em saco com o símbolo da vaca, que tanto sucesso fez naquela década.
Lembro do almoço em família e das conversas alegres na hora do jantar. Lembro daqueles passeios inesquecíveis que tanto adorava fazer.
Lembro também daquele sono gostoso após o almoço de domingo em que sonhava e descansava sem a menor pressa. Dos jogos de futebol do time de coração (Flamengo é claro).
As casas daquela época sempre tinham uma laranjeira, uma mangueira ou goiabeira. Muitas vezes comíamos a fruta no pé.
E quem não lembra como era feito o café? Passava direto pelo coador de pano e deixava aquele cheiro gostoso no ar. Impossível não bebê-lo.
Lembro ainda do meu primeiro walkman uma verdadeira febre naquela época. Ficava quase o dia inteiro ouvindo música.
Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio.
Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.
Tínhamos muito mais tempo para realizar nossas tarefas e tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.
Então, por que hoje “engolimos” o almoço?
Então, por que estamos sempre atrasados?
Então, por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?
Texto enviado pelo amigo Alexandre (MG).
Amigo... Realmente acho que ao invés de ganhar, nós estamos é perdendo tempo... Tempo conosco mesmos...
ResponderExcluirUm abração e tenha uma linda semana.
Oi, Jorge!
ResponderExcluirAinda hoje, e no lugar onde nasci, as pessoas colocam cadeiras à porta da rua, para apanhar o fresco da noite, visto que as temperaturas são muito elevadas, naquela zona, durante o verão.
De muita coisa eu lembro, daquelas que você falou aqui, mas a do café, não me recordo, não. Eu não gosto de café, talvez por isso, mas meus pais e tios/as adoravam. Eu tomava leite e chá, e continuo fazendo o mesmo, agora.
LEMBRAR/RECORDAR É VIVER.
Obrigada pela sua visita, embora sem uma palavrinha sua, de que tanto gostaria.
Linda quarta-feira.
Aquele abraço.