Essa é uma história narrada por Ed Landry, recordando cenas dos seus catorze anos de idade.
Na época, seu pai trabalhava das oito da noite às quatro da manhã e foi no período de férias do garoto que tudo aconteceu. Ele se ofereceu para fazer o café da manhã para o pai depois do trabalho.
O pai acabava o seu turno e, em plena madrugada, telefonava para a casa. O garoto pulava da cama. As irmãs e a mãe se mexiam na cama e depois dormiam. Sabiam que não era para elas a ligação.
Quando ele atendia, ouvia a voz animada do pai dizendo que concluíra o seu trabalho e, em 20 minutos, estaria em casa.
O café estará pronto. Respondia o menino.
O prato predileto do pai àquela hora da manhã era ovos com bacon.
A velha frigideira de ferro saía rápido do armário e ficava a espera. O garoto preparava o café , as torradas e ficava olhando a rua pela tela da varanda dos fundos. Ele podia ver quatro quarteirões de distância.
O dia desejava raiar mais as estrelas ainda brilhavam. Quando pai atingia o poste de iluminação, ele colocava o bacon na frigideira. Era o momento ideal. Quando pai lançava o seu sonoro bom dia, entrando pela cozinha, o bacon estava no ponto.
Enquanto ele lavava o rosto e as mãos, os ovos eram preparados. O pai se sentava mesa e dizia:
É formidável você preparar meu café da manhã. Eu me sinto realmente agradecido.
Não é trabalho nenhum. - Falava Ed. O difícil é levantar. Depois tudo é fácil.
Enquanto comia, o pai comentava como foi o seu trabalho. Mecânico de locomotivas, ele tinha um carinho especial por cada uma delas. Estranhamente para o filho, o pai, que deveria demonstrar cansaço após exaustivas horas de trabalho, contava suas histórias com entusiasmo.
Quando um bocejo denunciava que o sono chamava o menino de volta para os seus sonhos inacabados, o pai falava:
Ed, está ficando tarde. Você deve voltar para a cama para não ficar cansado amanhã, quer dizer, hoje, logo mais. Eu vou ler o jornal e relaxar um pouco.
Agradecia o café e se olhavam profundamente nos olhos. Ed recorda que aquelas madrugadas eram momentos mágicos que eles passavam juntos., de uma forma muito especial.
Uma troca de carinho muito significativa entre um pai que deveria estar cansado e um filho adolescente com as pálpebras pesadas de sono.
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A grande verdade, é que a vida nos surpreende todos os dias com momentos especiais. Momentos que muita da vezes não se repetem. Quem consegue esquecer um abraço espontâneo do pequeno filho antes de irmos para o trabalho e se pendura no pescoço e diz: Eu te amo?
Quem não irá se recordar durante anos da sua vida do beijo melado, dos carinhos, dos abraços, dos momentos que riram juntos?
Quando a velhice chegar, certamente teremos na memória da alma, os sons das primeiras canções infantis dos nossos pequenos. Cada momento vivido com os filhos, com a família, é de uma enorme riqueza.
Durante a nossa vida, quando a solidão nos abraçar, teremos todas essas lembranças doces para nos fazerem companhia.