Você recorda o nome de sua
primeira professora?
Pois é, quase nunca lembramos.
Mas, com certeza, recordamos dos nomes dos nossos professores universitários. E
não é pelo fato da proximidade de nossa formatura. Nós os lembramos pelo
cabedal e conhecimentos, pela experiência e segurança, dentro de sua área de
atuação.
Nós os recordamos porque
partilharam das nossas lutas mais árduas, a fim de conseguirmos o tão
ambicionado diploma. Nós os lembramos porque estiveram conosco nas pesquisas e
nas orientações particulares. Também porque foram, muitas vezes, os que nos
conduziram aos nossos primeiros estágios, ensaiando-nos para a carreira
profissional.
Alguns nos orientaram em nossas
monografias, a fim de alcançarmos as especializações que almejávamos.
Temos razão em recordá-los e com
gratidão. Entretanto, de nada adiantaria todo o conhecimento e a experiência
deles na universidade, se não tivéssemos chegado até lá.
E somente chegamos até lá porque
em nossa infância, alguém de extrema dedicação, nos abriu a possibilidade da
leitura, desvendando-nos o alfabeto.
Alguém que teve paciência
suficiente para nos ensinar a decifrar os códigos da escrita. Que tomou a nossa
mão e foi traçando os contornos das vogais e consoantes, a fim de que
aprendêssemos a escrever.
Esta criatura foi nossa primeira
professora. Enquanto brincávamos ou descansávamos após as horas da escola, ela
se debruçava sobre livros à cata de contos e histórias para melhor ilustrar o
ensino, no dia seguinte.
Enquanto nós dormíamos, ela
estava criando e confeccionando materiais com suas mãos habilidosas. Eram
personagens, gravuras, painéis para compor a próxima.
Tudo para que o estudo nos
parecesse atraente e a escola nos conquistasse.
Crescemos. Hoje, quando lemos
com fluência, até em outros idiomas, possivelmente nem nos recordamos das
dificuldades dos primeiros momentos.
Após tantas conquistas e tantos
anos passados, é bom nos recordarmos da nossa primeira professora, aquela que
descobriu a terra propícia da nossa riqueza interior e a despertou.
Aquela que nos ensinou os sons
precisos das letras e como uni-las, a fim de formar palavras. Aquela que nos
forneceu as noções básicas das operações aritméticas, a fim de que pudéssemos
entender as noções de quantidade, pesos, medidas.
***
Se você tem hoje filho na escola
e se emociona quando ele chega em casa, cantando uma pequena canção ou contando
uma história, lembre: há uma criatura muito especial que se dedica de forma
muito particular a ensinar-lhe muitas coisas, todos os dias.
Por isso, da próxima vez que seu
filho olhar para uma placa ou painel de propaganda, em plena rua e começar a
soletrar, tentando unir as letras para formar palavras e você o olhar com
orgulho, não deixe de lembrar do tesouro precioso que é a escola.
Mais do que isso, não esqueça de
agradecer, de vez em quando, à professora, por essas pequenas grandes
conquistas do seu filho.
Baseado no site momento espirita